Francisco Gottardi, o Sulino - Penápolis, SP - 1924.
João Rosante, o Marrueiro - nascido em Bocaina, SP; registrado em Jaú, SP - 1916 - São Paulo, SP - 1978.
A
dupla formou-se no final dos anos 1940, quando os dois componentes já
tinham distintas carreiras artísticas. Sulino era filho e neto de
violeiros e já cantava se acompanhando ao cavaquinho. A partir de 1942,
adotou o nome de Limeira e formou com Amélio Posso a dupla Limeira e
Limeirinha. Em 1945, Limeira e Limeirinha se separaram e Ninão saiu do
Trio Saudade formado juntamente com Nininho e Nenete. Limeira adotou o
nome de Sulino e Ninão adotou o nome de Marrueiro. Juntaram-se ao
sanfoneiro Castelinho, que atuara na Rádio Bandeirantes e formaram o
Trio Campeiro. O trio se desfez rapidamente. Formou-se então a dupla
Sulino e Marrueiro.
Em 1949, gravaram o primeiro 78 rpm pela gravadora
Copacabana. "Morena de olhos pretos", de Sulino e Teddy Vieira e
"Corumbá" de Teddy Vieira e Ado Benati. Em seguida, lançaram "Pião
fantasma", de Cacique, Bagé e Landinho e "A muié do canoeiro", de
Anacleto Rosas Jr. e Elpídio dos Santos. A dupla separou-se por um breve
período, retornando em 1952. No mesmo ano, estrearam o programa "Brasil
caboclo" de Capitão Barduino na Rádio Bandeirantes de São Paulo.
Em
1955, passaram a atuar no programa "Alma da terra" na Rádio Tupi de São
Paulo. Apresentavam-se juntamente com o compositor Ado Benatti, do
humorista Saracura e Nhá Serena. Neste período, lançaram com destaque as
canções "Abismo cruel", de Sulino e Zé Fortuna, "Mandamento do chofer",
de Sulino e Ado Benatti e "Florisbela" de Sulino e Zé do Rancho, além
de "Sete léguas". Também em 1955 gravou na RCA Victor as modas de viola
"A marca do berrante", de Ado Benatti, Teddy Vieira e Lauripe Pedroso e
"Estranho retrato", de Sulino e Teddy Vieira e o cururu "Violeiro sem
medo", de Ado Benatti, L. dos Santos e Brinquinho. No ano seguinte
gravou de Sulino e Teddy Vieira as modas de viola "Pai sem coração" e
"Moça namoradeira".
Ainda em 1956 gravou a moda de viola "A volta de
curumbá", de Ado Benatti, Sulino e Nhô Pai e o cateretê "Flor cobiçada",
de Anacleto Rosas Jr. E Sulino, a moda de viola "Capricho do destino",
de Sulino e Sebastião Vitor e o cururu "Quando a lua vem surgindo", de
Sulino e José Fortuna. Em 1957 gravou a moda de viola "O padre e o
ateu", de Teddy Vieira.Em 1958, lançaram "A volta do boiadeiro", de
Sulino e Teddy Vieira e "Juramento quebrado", de Sulino e Carreirinho.
Lançaram também "Peão da cidade", de Sulino e Moacyr dos Santos e "O
peão e o ricaço", também de Sulino e Moacyr dos Santos.
Em 1970,
lançaram "Aniversário da mamãe", de Sulino e Nelson Gomes, "Tenho fome e
tenho sede", de Sulino, "Caboclo do pé quente", de Sulino e Moacyr dos
Santos e "Empreitada perigosa", de Sulino e Moacyr dos Santos. Até a
morte de Marrueiro em 1978, a dupla gravou vários outros discos com
sucesso.
Entre 1978 e 1982, Sulino formou uma nova dupla com Amarito com
quem gravou mais alguns discos. Sulino no mesmo período foi presidente
dos juri dos festivais da Rádio Record. Foi também diretor artístico do
setor de música sertaneja da gravadora RGE até 1984. Em 1987, Sulino foi
um dos fundadores do Ecad. Além de compositor e cantor escreveu
diversas peças teatrais apresentadas com sucesso em diversos circos pelo
Brasil. São de sua autoria, entre outras, as peças "Volta do
boiadeiro", "Quatro caminhos", "Quatro pistoleiros a caminho do
inferno", "Vingança se escreve com sangue", "Cada bala uma sepultura".
Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.
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Sulino e Marrueiro
Universo em Canção on sexta-feira, 13 de março de 2015 | 10:58
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