Cascatinha & Inhana foi uma dupla sertaneja formada por Francisco dos Santos (Araraquara, 20 de abril de 1919 - São José do Rio Preto, 14 de março de 1996) e Ana Eufrosina da Silva (Araras, 28 de março de 1923 - São Paulo, 11 de junho de 1981). Marido e esposa, juntos formaram uma das principais duplas sertanejas do Brasil. Suas mais famosas músicas foram Índia(1952) que os levou a um grande sucesso, Meu Primeiro Amor (também de 1952) e Colcha de Retalhos (1959).
Nascidos no interior de São Paulo,
desde cedo a dupla apaixonou-se pela poesia da música sertaneja
Francisco dos Santos já tocava bateria e violão e se apresentava
cantando modinhas, canções e valsas românticas. Quando da chegada do
circo Nova Iorque no município de Araraquara,
Francisco conheceu o cantor Chopp, Natalício Firmino dos Santos, e
resolveu formar dupla com ele, adotando então o nome artístico de
Cascatinha, nome de famosa cerveja da época, para estar de acordo com o
nome do parceiro.
Por essa época, Ana Eufrosina se apresentava como
solista em um conjunto formado por seus irmãos. A dupla Chopp e
Cascatinha se apresentava em circos. Francisco e Ana se conheceram e
casaram em 1941. Formou-se então o Trio Esmeralda, com Chopp, Cascatinha
e Inhana, nome artístico adotado por Ana. O Trio Esmeralda viajou para o
Rio de Janeiro obtendo relativo sucesso. Receberam prêmios nos
programas César Ladeira na Rádio Mayrink Veiga, Manuel Barcelos e "Papel carbono", este de Renato Murce, ambos na Rádio Nacional.
Em 1942 o Trio se desfez com a saída de Chopp. Cascatinha e Inhana
ingressaram então no Circo Estrela D'Alva, com o qual fizeram excursão
pelo interior dos estados do Rio e de São Paulo, para onde retornaram.
Em São Paulo continuaram a atuar em diversos circos, tendo permanecido
por cinco anos no Circo Imperial.
Em 1947
se apresentaram na Bauru Rádio Clube, que primeiro apresentou a nova
dupla em rádios, nos programas "Luar do sertão" e "Cirquinho do
Benjamim". Em 1948, passaram a atuar na Rádio América em São Paulo. Em
1950, foram contratados pela Rádio Record
onde permaneceram atuando por doze anos.
Em 1951, estrearam em disco
pela Todamérica cantando a canção "La paloma", de Iradier e Pedro
Almeida, e a toada brejeira "Fonteiriça", de José Fortuna, um dos
compositores favoritos de Cascatinha. Em 1952, gravaram aqueles que
seriam dois de seus maiores sucessos, assim como da própria MPB. Eram a
canção "Meu primeiro amor" de H. Gimenez com versão de José Fortuna e
Pinheirinho Jr., e a guarânia "Índia" de J. Flores e M. Guerrero, com
versão de José Fortuna. A guarânia "Índia" vendeu 300 mil cópias em seu
primeiro ano de lançamento e até a segunda metade dos anos 1990 vendeu
mais de três milhões de discos. "Índia" mereceu ainda diversas gravações
ao longo do tempo como as de Dilermano Reis ao violão, Carlos Lombardi,
Trio Cristas e Valdir Calmon e sua orquestra. Em 1973 Gal Costa
regravou "Índia", que deu nome a seu LP daquele ano e que obteve grande
sucesso. Cascatinha e Inhana receberam em 1951 e 1953 o Prêmio Roquette
Pinto. Em 1953, gravaram a toada "Mulher rendeira" tema folclórico com
arranjo de João de Barro.
Em 1954,
receberam a medalha de ouro da revista "Equipe" e ganharam o slogan de
"Os sabiás do sertão", devido aos recursos vocais e às agradáveis
nuances desenvolvidos pela dupla. Em 1953, continuando a trajetória de
sucessos, lançaram as guarânias "Assunción", de José Fortuna e Federico
Riera, e "Flor serrana", de Daniel Salinas e José Fortuna. A partir
dessa época, seus nomes estiveram ligados à música paraguaia. Em 1955,
estiveram no filme "Carnaval em lá maior", de Ademar Gonzaga, onde
cantaram "Meu primeiro amor", outro grande sucesso. No mesmo ano
gravaram o bolero "Queira-me muito", de G. Reig e Serafim Costa Almeida,
e o rasqueado "Iracema", de Mário Zan e Nhô Pai. Outra gravação do
mesmo ano e que fez muito sucesso foi a toada "Despertar do sertão", de
Pádua Muniz e Elpídio dos Santos. Em 1956, lançaram mais um disco com
versões de compositores paraguaios: a canção "Recordações de Ipacaraí",
de D. Ortiz e Z. de Mirkim, com versão de Juraci Rago, e a guarânia
"Noites do Paraguai", de S. Aguayo e P. J. Carles com versão de Nogueira
Santos. Em 1957, lançaram entre outras, a valsa "Santa Cecília", de Ado
Benatti e Carlos Piazolli, e a toada "Tropeiro gaúcho", de Cascatinha e
Bolinha.
Em 1959,
lançaram outro de seus maiores sucessos, a guarânia "Colcha de
retalhos", de Raul Torres. No mesmo ano, Cascatinha foi promovido a
diretor artístico da Todamérica, descobrindo vários talentos. Ainda em
1959, Cascatinha e Inhana gravaram "Rede de taboa", de Elpídeo dos
Santos. Em 1960, gravaram os boleros "Quero-te", de Jolmagn, e "Mal
pagadora", de L. Valdez Leal e José Fortuna. Em 1962, lançaram a canção
rancheira "Coração incerto", de Nico Jimenez e J. Santana, e o rasqueado
"Fui culpado", de Zacarias Mourão e Sebastião Vitto. Em 1963, lançaram a
guarânia "Fujo de ti" de Waldick Soriano
e Jorge Gonçalves, e o rasqueado "Felicidade", de Barrinha. Em 1967,
lançaram LP com destaque para "Vinte e cinco anos", de Nonô Basílio, "O
menino do circo", de Eli Camargo, "Flor do Cafezal",
de Carlos Paraná e "A estrela que surgiu", de Zacarias Mourão e Mário
Albanesi. Em 1970, lançaram "Amor eterno", de Alfredo Borba e Edson
Borges, "Se tu voltasses", de Cascatinha e Carijó, "Como que te quero",
de Alberto Conde e Nilza Nunes, e "Castigo", de Marciano Marques de
Oliveira. Em 1972, alcançaram sucesso com "Olhos tristonhos", de Dora
Moreno. Em 1978, apresentaram no Teatro Alfredo Mesquita em São Paulo
espetáculo no qual contavam sua trajetória artística. Ao longo da
carreira apresentaram-se em diversos estados brasileiros, cantaram em
circos, teatros e gravaram cerca de 30 discos. Em 1996,
a Chantecler, dentro da série "Dose dupla", lançou o CD "Cascatinha e
Inhana", com 23 composições gravadas pela dupla, entre as quais,
"Índia", "Solidão", "Meu primeiro amor" e "Colcha de retalhos".
Fonte: Wikipédia
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Cascatinha e Inhana
Universo em Canção on quinta-feira, 10 de março de 2016 | 11:47
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