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Duduca e Dalvan

Universo em Canção on domingo, 8 de março de 2015 | 00:39

José Trindade, o Duduca, nasceu em Anápolis, Goiás, no dia 04 de julho de 1936 e desde menino se revelou interessado pela música. Com apenas 15 anos de idade já compôs Saudade do Meu Bem, que em 1962 acabou gravando pela Continental em disco 78RPM.

A primeira gravação não obteve grande sucesso, mas alavancou Duduca como compositor, sendo a partir daí procurado por outros intérpretes e acumulando com isso grande número de obras gravadas.

 Com 18 anos José Trindade veio, como outros artistas que não nasceram em berço de ouro, tentar a sorte na cidade grande. Trabalhou por mais de 15 anos como pintor de paredes, mas sempre se dedicando à música nas horas vagas.

 Em 1975 começou a fazer roteiros e trilhas sonoras para cinema e foi dessa maneira que conheceu José Gomes de Almeida, o Dalvan. Isso foi no ano de 1977, quando os dois atuaram juntos no filme Entre o Céu e o Inferno de Camanducaia.

Eles se tornaram amigos e, como não podia deixar de ser, nos intervalos das gravações, pegavam os violões e cantavam para passar o tempo. E logo eles e os que os ouviam perceberam que as vozes se harmonizavam perfeitamente, surgindo daí a dupla, que no início teve o apoio de Lourival Santos.

 Dalvan nasceu na cidade de Planaltina, Paraná, no dia 09 de outubro de 1951, e foi criado em Paranavai. Como Duduca, desde cedo ele demonstrou seu dom para a música, tendo sido vocalista de conjunto, baterista, guitarrista, além de dominar perfeitamente o violão, órgão, piano e acordeão. Dalvan era um virtuose instrumental.

 Sua primeira composição foi feita aos 20 anos de idade e o título era Batucada de Malandro. Ficou engavetada, pois Dalvan logo prestou o serviço militar em Brasília e depois ingressou na Polícia Militar, onde ficou apenas três anos, pois o seu negócio não era prender bandido, e sim,  prender corações através das suas canções. A PM perdeu um bom soldado e o mundo sertanejo ganhou a dupla Duduca e Dalvan.

 Começaram a fazer tournês ainda em 1977, e conquistando aos poucos seu grande público. Em 1978 gravaram seu primeiro LP, já conseguindo os primeiros lugares das paradas musicais com a música Pirâmide do Amor.

 Em abril de 1979, em novo LP, estourava a Quem Sou Eu e, já em janeiro de 1980, a consagração definitiva com Mulher Maravilha.

 Ainda em 1980,  a dupla  gravaria em setembro seu quarto LP, conquistando de vez seu lugar entre as grandes duplas sertanejas da época.

 Mas, infelizmente, após terem feito sucessos de raízes rurais e românticas - e quando estavam em ótima fase - aconteceu a inesperada morte de Duduca em 17 de fevereiro de 1986. A dupla, que teve início em 1977, terminou tristemente em 1986, apenas 9 anos depois. 

 Dalvan, então, após um tempo afastado, entristecido pela morte do parceiro, reciclou sua carreira, que agora seria solo: deixou crescer ainda mais os cabelos, substituiu a linguagem rural por um rock de subúrbio, com romantismo brega, e a partir do próprio disco que chamou de "Novo Rumo" buscou ainda mais o lado romântico. 

 Deu certo. De cara foi contemplado com um duplo de platina, pela vendagem de 500 mil cópias em 1987. Em 1988, catapultou novos êxitos como "Haja Coração", "Gosto de Pecado" e "Mal de Amor". Em 1989 foi a vez de "Desencontros". 

 Em 1990, adotou o estilo de espetáculos de grande produção, com som, luzes e enorme aparelhagem de som. Seu novo disco refletiu essa fase megalomaníaca: o repertório (montado com composições de autores como Ed Wilson, Chico Roque, Moacyr Franco e outros), e até uma versão de "O Sole Mio" (ao estilo de Elvis Presley) teve arranjos de quatro maestros - Daniel Salinas, Martinez, Waldomiro Lenk e José Paulo Soares. 

 E após tudo isso, Dalvan entra também, como vários outros artistas de sua época, no ciclo religioso, cantando hinos e chegando inclusive a fazer uma apresentação ao vivo no programa do missionário R.R. Soares, na tevê Bandeirantes. 

 Mas Dalvan ainda tinha o coração nas músicas da sua fase de ouro junto com o parceiro Duduca, e assim, após muitos anos, resolveu voltar às suas raízes, formando dupla com Almir Sales, outro paranaense nascido na cidade de Londrina. Almir Sales tem 46 anos, é dono de uma voz invejável, pois, em sua trajetória na música sertaneja, cantou em barzinhos e foi locutor de radio AM e FM. A música sempre foi o seu forte. Essa nova formação da dupla é um presente para o Brasil e a música sertaneja, que ganhará com certeza, tratando-se de uma das bandeiras da música popular do Brasil, voltando ao cenário da música brasileira. 
 Dalvan entrou em acordo com Almir Sales e assim, numa justa homenagem ao parceiro que se foi, Almir se tornou o novo Duduca, dando sequência a bem sucedida carreira da primeira dupla. Dalvan, romântico pôr excelência, disse que esse novo trabalho marca uma nova fase na sua vida.
 
Biografia – Chantecler-1981- Colaboração: Neubes Luciano
 
 
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